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6. O sujeito entre causas externas e internas



No artigo “Tipos de desencadeamento da neurose”, Freud oferece contribuições ao debate sobre causas das ações humanas, contestando quem defende posições extremistas. Em um dos extremos estariam aqueles que acham que todas as causas são internas, no outro os que dizem que todas são externas. Mas ações humanas complexas são fenômenos multideterminados, simultaneamente influenciados por fatores biológicos, culturais e individuais. A dicotomia interno-externo é artificial porque variáveis internas e externas se complementam.     

  

→ Na prática da psicoterapia, pouco importará se um paciente adotar uma forma mais internalista ou externalista de falar sobre a origem das próprias ações. Talvez o psicoterapeuta até tenha preferência por uma dessas formas, o que não é nem o certo nem o errado, e sim apenas um estilo de enquadrar a causalidade. A psicoterapia deve auxiliar cada paciente a se tornar mais sujeito e é o incentivo à responsabilidade pelas consequências dos atos que pode levar uma pessoa a se enxergar nesse lugar de sujeito, quer as causas venham de dentro ou de fora.


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S: Onde estão as causas do comportamento?

F: Mais importante que saber isso é indicar o lugar do sujeito.

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